Krokodil
Krokodil é
uma droga russa fabricada a partir da desomorfina. O nome vem de uma das
consequências mais comuns ao uso, uma vez que a pele da pessoa passa a ter um
tom esverdeado e cheia de escamas como a de um crocodilo.
Krokodil
é um substituto para uma droga de alto valor, a heroína. O princípio ativo do
Krokodil, é a “desomorphine” que é vendida em alguns países da Europa
(especialmente a Suiça) como substituto da morfina e é conhecida pela
farmacologia desde 1932. A desomorphine é de 8 a 10 vezes mais potente do que a
morfina. Trata-se de um opiáceo sintético que possui estrutura quase idêntica à
da heroína.
A
primeira aparição desta droga foi na Sibéria, em 1992. Seu consumo tem
aumentado cada vez mais pois ela é uma alternativa barata à heroína.
Seus
efeitos colaterais são bizarros. Ela causa necrose no local onde é
aplicada, expondo ossos e músculos. Casos de viciados precisando de amputação
ou da limpeza de grandes áreas apodrecidas em seus corpos são cada vez mais
comuns.
Largá-la
é uma tarefa extremamente difícil. A desintoxicação é muito lenta e o usuário
sente náuseas e dores por até um mês.
A
Codeína, um narcótico disseminado pelo mundo inteiro e de fácil acesso pode ser
transformado em desomorphine com algumas reações químicas relativamente
baratas. Ela então é dissolvida e injetada pelo utilizador. Considerando que a
heroína custa 150 dólares cada dose e o Krokodil pode ser obtido por menos de
10 dólares fica fácil entender a razão de sua existência.
Qual
a razão do Krokodil apodrecer a carne de quem usa? O problema não é
necessariamente o vício na desomorphine, a substância em si não é tão nociva,
tanto que é comercializada em alguns países. O fato é que a reação que
transforma codeína em desomorphine pode ser feita numa cozinha, a maioria das
apreensões da droga mostrou produtos com excesso de impurezas.
Aos
fabricantes de Krokodil muitas vezes faltam materiais, e, portanto, usam
gasolina como solvente, utilizam também fósforo vermelho, iodo, e ácido
clorídrico como reagentes para sintetizar a desomorphine a partir de
comprimidos de codeína. Não há um controle de qualidade e o produto sai
diretamente do “fogão para a veia”, causando estragos irreparáveis no corpo dos
usuários.
Interessante Matéria, essa eu não conhecia!
ResponderExcluirEspero que não chegue ao Brasil essa "droga", basta ver nossa sociedade se acabando com o crack!