Heroína
A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir
da morfina: substância bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades
analgésicas e antidiarreicas. Como outras drogas originárias desta planta, a
heroína atua sobre receptores cerebrais específicos, provocando um
funcionamento mais brando do sistema nervoso e respiratório.
Descoberta sua potencialidade em causar dependência
química e psíquica de forma bastante rápida, sua comercialização foi proibida
na década de vinte. Entretanto, principalmente no sudeste asiático e Europa,
essa substância é produzida e distribuída para todo o mundo clandestinamente.
Apresentando-se em sua forma pura como um pó
branco de coloração esbranquiçada, é utilizada mais frequentemente de forma
injetável, após aquecimento. Além disso, alguns usuários a inalam ou aspiram.
Seus efeitos duram aproximadamente cinco horas,
proporcionando sensações de bem-estar, euforia e prazer; elevação da autoestima
e diminuição do desânimo, dor e ansiedade.
Como esta droga desenvolve dependência e
tolerância de forma bastante rápida, o usuário passa a consumi-la com mais
frequência com o intuito de buscar o mesmo bem-estar provocado anteriormente, e
também de fugir das sensações provocadas pela abstinência. Essa, que surge
aproximadamente vinte e quatro horas após seu uso, pode provocar diarreia,
náuseas, vômitos, dores musculares, pânico, insônia, inquietação e taquicardia.
Assim, formas de obtê-la passam a ser o foco de
suas vidas, gerando consequências sérias. Constantes vômitos, diarreias e
fortes dores abdominais, perda de peso, depressão, abortos espontâneos, surdez,
delírio, descompassos cardíacos, incapacidade de concentração, depressão do
ciclo respiratório, colapso dos vasos sanguíneos; além de problemas
relacionados às interações sociais e familiares são algumas consequências que o
usuário está sujeito, em médio prazo. Além disso, no caso de pessoas que a
utilizam na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de tecidos e de se
adquirir diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em decorrência da
utilização de seringas compartilhadas.
A maioria dos casos de morte por overdose é consequência
de paradas respiratórias decorrentes de seu uso prolongado, ou de uso
concomitante com outras drogas.
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