Protesto termina em briga entre PM e Guarda Municipal em Americana, SP
Todos os envolvidos na briga foram levados para a Delegacia Seccional.
Manifestante ficou ferido durante protesto em Americana (Foto: Márcio de
Campos/EPTV)
Policiais Militares e patrulheiros da Guarda Armada
Municipal de Americana (Gama) tiveram um desentendimento na manhã deste
sábado (7), em Americana (SP), durante um protesto após o desfile da
Independência no Centro da cidade. Segundo a Polícia Civil, alguns integrantes
do Movimento Pula Catraca e de outras representações tentaram realizar um ato
um após o desfile das autoridades, mas foram impedidos por um cordão de
isolamento feito por patrulheiros da Gama. No entanto, policiais militares não
concordam com a decisão dos guardas e iniciaram uma discussão. O desentendimento
começou após um tenente-coronel da Polícia Militar dar voz de prisão para um
inspetor da corporação municipal.
Antes da confusão, o inspetor da Gama também havia
ordenado a prisão o líder do Movimento Pula Catraca, além de dois integrantes
da Pastoral da Juventude. Depois do desentendimento, os três detidos, o
tenente-coronel da PM e o inspetor da guarda foram encaminhados para a
Delegacia Seccional da cidade para prestar esclarecimentos.
O tenente-coronel da Polícia Militar Sérgio Kanno
afirmou que tomou a atitude de dar voz de prisão ao inspetor da Guarda
Municipal porque ocorreu o descumprimento de um acordo feito antes do desfile.
"Nós havíamos feito um acordo que nenhum manifestante seria impedido de
entrar no desfile desde o ato fosse pacífico. Esse cordão de isolamento não
tinha que existir, muito menos a prisão de uma pessoa. Por isso eu dei voz de
prisão ao inspetor, porque achei a decisão arbitrária e a missão de estabelecer
a ordem é da Polícia Militar", disse.
A Guarda Municipal afirmou, em nota oficial, que os
manifestantes não estavam devidamente credenciados e que por isso fez o cordao
de isolamento. Além disso, a assessoria da Gama disse que estava aguardando a
autorização da Secretaria de Cultura para liberar a passagem, mas a Polícia
Militar interviu antes da decisão da Prefeitura. A nota ainda afirma que
"qualquer relato de violência por parte dos guardas municipais deve ser
registrado em Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. O documento é em seguida
encaminhado à Guarda Municipal para apuração da conduta de seus patrulheiros
por meio de sindicância instaurada na Corregedoria da corporação".
Nenhum comentário:
Postar um comentário