Pela terceira vez em uma semana, Guardas Municipais voltam a protestar e
fecham a BR- 381
Entre as principais reivindicações estão o reajuste de quase 100% no
vencimento da categoria, implementação do plano de carreira e a melhoria da
infraestrutura de trabalho.
Cerca de cem guardas
municipais de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, fizeram, nesta
segunda-feira (9), mais uma manifestação para cobrar da prefeitura um
posicionamento sobre a campanha salarial da categoria e por melhores condições
de trabalho. Os manifestantes fecharam a BR-381 por alguns minutos, e pelo
menos quatro quilômetros de congestionamento se formaram na região. Essa é a
terceira vez, em uma semana, que os guardas cruzam os braços.
Os manifestantes
fecharam a rodovia na altura do km 494, e o tráfego ficou completamente
interditado no sentido São Paulo. Por volta das 11h45, os guardas liberaram a
via.
Entre
as principais reivindicações da categoria, estão o reajuste de quase 100% no vencimento
– que, atualmente, é de R$ 1.154 –, a implementação do plano de carreira e a
melhoria da infraestrutura de trabalho, com a aquisição de equipamentos de
segurança pública e de proteção individual, como colete à prova de balas, spray
de pimenta e pistola elétrica.
Na
última quinta-feira, os protestos começaram na Câmara Municipal, durante a
reunião dos vereadores. Em seguida, o grupo, formado por guardas da cidade e de
municípios vizinhos, seguiu em direção à sede do governo, onde foi recebido
pelo coronel Evandro Teófilo Elias, superintendente de Segurança Pública.
Segundo
o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Minas Gerais
(Sind-Guardas/MG), Pedro Bueno, a categoria busca o apoio dos parlamentares
para ajudar nas negociações com o Executivo. “Há 12 anos não temos um plano de
carreira. Trabalhamos sem estrutura física e temos um dos piores salários da
região metropolitana. É um descaso".
Ainda
conforme Bueno, durante o protesto na prefeitura, não houve posicionamento
concreto por parte do governo e nenhuma reunião foi agendada.
Resposta
Segundo a chefe de Gabinete da Prefeitura de Betim, Zizi Soares, “desde o
início das negociações, foi deixado claro para a comissão dos guardas que,
diante das dívidas herdadas pela gestão passada, não há possibilidade de
atender a todas as reivindicações neste momento, principalmente, porque temos,
como administradores, que respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
Ainda conforme Zizi, " diante da falta de respeito da classe que,
inclusive, algemou o portão de saída do gabinete do prefeito, nós decidimos que
não vamos mais abrir a mesa de negociação, enquanto eles não adotarem uma
postura de diálogo”, reforçou.
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